Apesar do voto contrário do relator no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Luciano Carrasco Falavinha, à cassação de Sergio Moro, o PT segue confiante de que o senador perderá seu mandato.
Caciques do partido no estado dizem que o voto de Falavinha não muda a situação do ex-ministro de Bolsonaro sobre sua possível cassação. Também não acreditam que apenas Moro terá o mandato cassado, mas sim toda a chapa.
A possibilidade de poupar os suplentes de Moro, algo que inviabilizaria uma nova eleição no Paraná, foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral no julgamento que começou na última segunda-feira (1ª/4).
Caso apenas Moro seja cassado, quem assume é o primeiro suplente do senador, no caso o advogado Luis Felipe Cunha (União). O segundo suplente é o empresário Ricardo Guerra.
Foco no TSE
A confiança de petistas vem do Tribunal Superior Eleitoral. Mesmo que o TRE-PR absolva Moro, ou poupe os suplentes do senador, a decisão pode ser revertida no recurso enviado ao TSE.
A ação que acusa Moro de um suposto abuso econômico nas eleições de 2022 foi protocolada pelo PT e pelo PL de Jair Bolsonaro. Ambos os partidos têm interesse em uma nova eleição no estado.
Como mostrou a coluna, o cronograma no PT do Paraná é que o julgamento de Moro se alongue ao longo de 2024. E que uma nova eleição para a cadeira de senador só seja realizada em 2025.
O julgamento de Moro no TRE-PR foi suspenso após pedido de vista do desembargador José Rodrigo Sade. A sessão será retomada na próxima quarta-feira (3/4).
Por: Gustavo Zucchi