18 de outubro de 2024

Nasa descobre água em asteroide que vale mais do que a economia global

O 16 Psyche é avaliado em 10 quintilhões de dólares por sua composição

Por: Valdir Justino

A descoberta de moléculas de hidroxila, compostas átomo de hidrogênio e um átomo de oxigênio, em um dos objetos mais brilhantes do cinturão de asteroides, localizado entre Marte e Júpiter, sugere uma história complexa, diferente do que os cientistas esperavam.

FORBES TECH
Veja as melhores fotos da Superlua Azul de 2024

FORBES TECH
Superlua Azul no Brasil: saiba como assistir ao evento celeste

FORBES TECH
Vida em Marte? Nasa encontra pistas no planeta vermelho
Diz-se que os metais que compõem o 16 Psique poderiam valer cerca de 10 quintilhões de dólares. De acordo com a Visual Capitalist, a economia global valia cerca de 105 trilhões de dólares no final de 2023. Apesar dos valores, a Nasa não pretende minerar o 16 Psyche.

 

 

Colisão catastrófica
A descoberta pode significar que, em vez de ser o núcleo metálico exposto de um protoplaneta que sofreu uma colisão catastrófica antes de se tornar um planeta — como os cientistas pensavam —, o 16 Psyche pode ser um asteroide originário de além da “linha da neve” do sistema solar. A linha da neve é a distância mínima do Sol, ambiente em que as temperaturas são baixas o suficiente para que a água se transforme em gelo.

Newsletter Forbes Daily
Sua cápsula diária de notícias

De segunda a sexta-feira no seu email.

ASSINAR

Ao inserir o e-mail você concorda com os termos de uso e política de privacidade da Forbes Brasil.

A mudança tem implicações sobre o que a Nasa encontrará no 16 Psyche a partir de 2029, quando sua espaçonave chegará ao asteroide e, possivelmente, sobre a distribuição da água pelo sistema solar e a busca de vida fora da Terra.

Núcleo exposto
A pesquisa, que utilizou as capacidades infravermelhas do Telescópio Espacial James Webb, desafia o que se sabe sobre asteroides como 16 Psyche, classificados como asteroides de classe M. “Nossa compreensão da evolução do sistema solar está intimamente ligada às interpretações da composição dos asteroides, particularmente dos asteroides de classe M, que contêm maiores concentrações de metal”, disse a Dra. Stephanie Jarmak, do Centro de Astrofísica de Harvard & Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts. Ela é a autora principal de um artigo publicado no Planetary Science Journal sobre o assunto nesta semana. “Esses asteroides foram inicialmente considerados os núcleos expostos de planetesimais diferenciados, uma hipótese baseada em sua semelhança espectral com meteoritos de ferro.”

Nebulosa solar
Ainda não se sabe se o 16 Psyche sempre possuiu água ou se ela surgiu por outros asteroides que colidiram com ele. “Os asteroides são restos do processo de formação planetária, então suas composições variam dependendo de onde eles se formaram na nebulosa solar”, explicou a Dra. Anicia Arredondo, coautora do Southwest Research Institute, em San Antonio, Texas. Ela explicou que, se a água sempre esteve no Psyche 16, é improvável que ele seja o núcleo remanescente de um protoplaneta.

Segundo a Nasa, a nebulosa solar é a nuvem giratória de poeira e gás que colapsou sobre si mesma e deu origem ao Sol.

Missão Psyche
A Nasa lançou a espaçonave Psyche em 13 de outubro de 2023, em uma jornada de 3,5 bilhões de quilômetros para chegar ao asteroide em agosto de 2029. Depois disso, levará pelo menos 21 meses para mapear, orbitar e estudar as propriedades do corpo celeste.

 

COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA:

Facebook
Twitter
LinkedIn