Um homem de 56 anos foi preso na quinta-feira (11) suspeito de tentar matar a companheira, de 36, ao atear fogo no corpo dela após uma discussão em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o homem alegou que a mulher o teria xingado durante uma briga. Por esse motivo, ele jogou álcool sobre a vítima e acendeu um fósforo próximo ao rosto dela, causando queimaduras em cerca de 15% do corpo. A vítima, que tem uma filha de 11 meses com o agressor, conseguiu fugir da residência ainda em chamas e pedir ajuda a uma vizinha. Ela foi levada ao hospital, onde permanece em estado grave na UTI.
O crime ocorreu na manhã do dia 8 de novembro, no Condomínio Jardim das Oliveiras, onde o casal morava. O suspeito chegou a mentir para a vizinha e para a equipe médica, dizendo que a mulher havia tentado cometer suicídio para tentar se isentar da responsabilidade. Após o ataque, ele a levou ao hospital e fugiu do local.
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Mesmo com dificuldades para falar devido às queimaduras, a vítima conseguiu relatar aos investigadores que o próprio companheiro provocou os ferimentos. O homem já tinha antecedentes de violência doméstica contra a mesma mulher, incluindo um episódio no interior do estado em que ele teria cortado o rosto dela.
Segundo a delegada Gabriela Adas, durante o interrogatório, o suspeito confessou ter jogado álcool sobre a companheira após uma discussão e ateado fogo com o objetivo de intimidá-la. “Ele disse que durante a briga ela o xingou e isso o irritou. Diante disso, teria jogado álcool, que estava próximo a ele, e acendido um fósforo perto do rosto dela, sem esperar a gravidade do dano causado”, explicou a delegada.
Gabriela reforçou que a vítima continua em estado grave, internada na UTI, onde recebe todos os cuidados médicos necessários. As equipes seguem monitorando seu quadro de saúde, que envolve queimaduras extensas e risco de complicações.
Um mês após a tentativa de feminicídio, ele foi localizado e preso, permanecendo à disposição da Justiça. De acordo com a delegada, o suspeito responderá pelo crime e também será investigado pelo histórico de violência doméstica.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.