Câncer de pele: Caso de Bolsonaro alerta para diagnóstico precoce

Ex-presidente foi diagnosticado com a doença

Por: Valdir Justino

Texto: Pleno.News

Publicada em 18 de setembro de 2025 às 12:15
 Jair Bolsonaro Foto: EFE/ Andre Borges

A recente confirmação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele trouxe novamente ao centro do debate a necessidade de atenção à saúde da pele. O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer, no Brasil e no mundo, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Estima-se que, apenas em 2024, mais de 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma tenham surgido, além de cerca de 12 mil casos de melanoma, forma mais agressiva da doença. Para o dr. Hugo Sabath, cirurgião plástico da Clínica Líbria, a notícia serve de alerta:

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– O câncer de pele não escolhe idade, profissão ou classe social. A grande arma contra ele é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo a lesão for identificada e removida, maiores são as chances de cura e menores os impactos estéticos e funcionais – explica.

De acordo com especialistas, o câncer de pele se apresenta em duas formas principais:

* Não melanoma: mais comum, mas geralmente menos agressivo. Inclui o carcinoma basocelular e o espinocelular. Costuma surgir em áreas expostas ao Sol e tem alta taxa de cura quando tratado precocemente.

* Melanoma: menos frequente, mas muito mais agressivo. Pode se espalhar rapidamente para outros órgãos se não for identificado em fases iniciais. É responsável pela maioria das mortes por câncer de pele.

– A diferença entre os tipos é crucial. Enquanto o não melanoma pode ser controlado com procedimentos relativamente simples, o melanoma exige atenção redobrada e, muitas vezes, tratamentos mais complexos – detalha o dr. Hugo Sabath.

O tratamento mais indicado para o câncer de pele é a remoção cirúrgica da lesão, sempre com margens de segurança, para garantir que todas as células cancerígenas sejam retiradas. Dependendo da localização e do tamanho do tumor, pode ser necessária a reconstrução da área afetada.

– Em regiões como rosto, couro cabeludo, nariz e pálpebras, é fundamental que a cirurgia seja feita por um profissional capacitado, capaz de equilibrar a completa remoção do tumor com o cuidado estético. O câncer de pele não deve ser tratado como uma simples mancha, mas como uma doença séria que exige precisão técnica – reforça o cirurgião plástico.

Segundo Sabath, o Sol é o principal fator de risco para o câncer de pele, e a prevenção deve começar cedo, desde a infância.

As recomendações incluem:

* Uso diário de protetor solar com fator mínimo 30, reaplicado a cada duas ou três horas;
* Evitar exposição direta ao Sol entre 10h e 16h;
* Utilizar roupas com proteção UV, chapéus de abas largas e óculos escuros;
* Não negligenciar consultas de rotina com dermatologistas ou cirurgiões plásticos especializados em oncologia cutânea.

– Muitos pacientes acreditam que o câncer de pele só aparece em pessoas de pele clara, mas isso é um mito. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença, especialmente quando há histórico de queimaduras solares ou exposição crônica sem proteção – alerta o dr. Sabath.

Além da prevenção, observar mudanças na própria pele é essencial. Feridas que não cicatrizam, pintas que mudam de cor, bordas irregulares ou que apresentam sangramento devem ser avaliadas imediatamente.

– Uma das ferramentas que sempre reforçamos aos pacientes é a regra do ABCDE do melanoma: A: Assimetria da lesão; B: Bordas irregulares; C: Cor variada; D: Diâmetro maior que 6mm; E: Evolução rápida – pontua o especialista.

E explica ainda:

– Se uma pinta ou mancha se encaixa nesses critérios, é preciso procurar um médico com urgência.

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