A Operação Carbono Oculto, deflagrada na quinta-feira (28), revelou que o PCC movimentou cerca de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. O esquema funcionava em mil postos de combustíveis espalhados por dez estados e envolvia sonegação fiscal, adulteração e lavagem de dinheiro. Os valores investigados são anteriores ao vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), publicado apenas em janeiro de 2025.
Mesmo assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) associou a atuação de um parlamentar ao crime organizado. Em entrevista à Rádio Itatiaia nesta sexta-feira (29), Lula disse que um deputado fez campanha contra mudanças propostas pela Receita Federal no uso do Pix, o que teria favorecido atividades criminosas.
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– Tem um deputado que fez uma campanha contra as mudanças que a Receita Federal propôs e agora está provado que o que ele estava fazendo era defender o crime organizado e nós não vamos dar trégua para o crime organizado – afirmou o presidente, sem citar Nikolas nominalmente.
O parlamentar reagiu em suas redes sociais, chamando a acusação de “canalhice” e “mentira torpe”. Ele afirmou que vai acionar Lula na Justiça por difamação e destacou que as movimentações do PCC não têm relação com seu vídeo.
– O meu vídeo foi em janeiro de 2025. Como um vídeo de janeiro de 2025 pode ter ajudado a movimentar bilhões de organizações criminosas entre 2020 e 2024? Eu sou atemporal? – ironizou Nikolas.
