Após quatro votações, cardeais escolheram o novo papa da igreja católica após o segundo dia de conclave. A fumaça branca apareceu na chaminé da Capela Cistina, por volta de 13h07 desta quinta-feira (08), no horário de Brasília. O eleito foi o americano Robert Francis Prevost, 69 anos, uma figura que se destaca por sua experiência internacional e proximidade com o papa Francisco. Ele escolheu o nome de Leão XIV.
Nascido nos Estados Unidos, Prevost é conhecido como o “pastor de duas pátrias” devido à sua atuação missionária no Peru durante os anos 80. Essa experiência lhe conferiu fluência em espanhol e um profundo entendimento da Igreja na América Latina, fazendo dele um potencial representante das Américas como um todo.
Para ser eleito, o novo papa precisou do apoio de 89 dos 133 cardeais com menos de 80 anos com direito a voto. O responsável pela tarefa do anúncio ao povo é o chamado cardeal protodiácono, cargo ocupado atualmente pelo francês Dominique Mamberti. O cardeal irá participar do conclave e, caso não seja eleito, será o responsável pelo anúncio na varanda da Basílica de São Pedro.
A eleição de um novo pontífice também seguiu a tendência das duas eleições de papa anteriores, em 2005 e 2013, e ocorreu no 2º dia do conclave. Desta vez, havia a expectativa inicial de que o processo demorasse mais por conta do número de cardeais votantes — 133, contra 117 no conclave anterior.
SALA DE LÁGRIMAS – Após a definição do nome, o escolhido entra na Sala das Lágrimas acompanhado do cardeal camerlengo – responsável pela administração do Vaticano durante o período de transição e do mestre de cerimônias litúrgicas. Neste local, o pontífice tem um momento de reflexão, e veste a batina branca pela primeira vez. É onde ele deixa de ser cardeal e vira papa.
PAPA FRANCISCO – A escolha do novo papa ocorre também 17 dias após a morte de papa Francisco, por conta de um por conta de um AVC e insuficiência cardíaca em sua residência no Vaticano. Embora tenham sido episódios inesperados, ocorreram em um momento de saúde frágil de Francisco. Ele havia recebido alta após passar cinco semanas internado para tratar uma pneumonia.
Em um papado de 12 anos, Francisco promoveu reformas históricas e aproximou a Igreja de um catolicismo mais próximo aos fiéis, que são mais de 1,3 bilhão de pessoas pelo mundo mas que vêm diminuindo gradualmente.