Morre brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia

Família reportou que equipe de resgate encontrou a jovem sem vida

Por: Valdir Justino

Texto: Thamirys Andrade

Publicada em 24 de junho de 2025 às 12:14
Imagem: Reprodução

Brasileira que caiu em um penhasco do Monte Rinjani, na Indonésia, Juliana Marins foi encontrada sem vida pela equipe de resgate, nesta terça-feira (24), após dias sem acesso a comida, água ou agasalhos. A notícia foi dada pela família por meio do perfil criado para atualizar informações sobre o caso.

– Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido – diz a nota.

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A confirmação da morte de Juliana ocorre no quarto dia de buscas pela jovem, que tinha 27 anos de idade. A brasileira caiu da trilha na madrugada do último sábado (21), em uma área de difícil acesso.

Desde então, equipes de resgate tentavam chegar até Juliana, mas relataram muitas dificuldades em decorrência dos obstáculos naturais da região. Localizado na Ilha de Lombok, o Monte Rinjani tem 3.726 metros de altura, trechos íngremes, solo instável, trilhas estreitas à beira de desfiladeiros e condições climáticas adversas.

Os familiares de Juliana relatam ter sido informados por funcionários do parque de que a jovem foi abandonada pelo guia mais de uma hora antes da queda. Ela teria pedido para fazer uma pausa porque estava cansada.

– A gente descobriu isso em contato com pessoas que trabalham no parque. Juliana estava nesse grupo com cinco pessoas e o guia, porém ficou muito cansada e pediu para parar um pouco. Eles seguiram em frente e o guia não ficou com ela. O guia seguiu com o grupo até o cume que eles iam alcançar, e Juliana ficou sozinha por mais de uma hora. Ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer. Quando o guia voltou, porque viu que ela estava demorando muito, ele viu que ela tinha caído lá embaixo – descreveu a irmã de Juliana, Mariana Marins.

O guia Ali Musthofa negou que tenha abandonado a jovem, mas confirmou que seguiu à frente dela, combinando de encontrá-la minutos mais tarde.

– Eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei. Eu disse que a esperaria à frente. Eu disse para ela descansar. Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro – afirmou.

Pai da brasileira, Manoel Marins embarcou rumo à Indonésia, na manhã desta terça, para acompanhar a situação de perto. Na ocasião, ele pediu orações para que a filha pudesse voltar ao Brasil “sã e salva”. A confirmação da morte da jovem veio antes mesmo que Manoel conseguisse chegar à Indonésia.

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