Uma adolescente de 13 anos foi vítima de um estupro coletivo no mês de julho, no bairro Vila Sônia, em Praia Grande, litoral paulista. Na última sexta-feira (9), um homem de 19 anos foi preso no bairro Tupiry, no mesmo município, sob acusação de participar do crime contra a menor. O caso continua sob investigação policial e veio à tona nesta semana.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, o celular do indivíduo foi apreendido.
– Diligências estão sendo realizadas para encontrar e prender outros envolvidos no crime – disse a pasta.
A delegada Lyvia Cristina Bonella, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande, disse que a adolescente foi estuprada por pelo menos dez homens em três locais diferentes.
– Tinha um rapaz com quem ela tinha, ou achava que tinha, um relacionamento, também menor de idade. Esse rapaz marcou um encontro com ela para ficarem juntos em uma casa emprestada. Só que, quando ela chegou, não tinha só esse rapaz – contou ao G1 nesta quinta-feira (15).
– Ela havia ingerido bastante bebida alcoólica. Tenho o relato da escuta especializada, que eu também não posso falar muito, [mas] ela confirma as violações que sofreu. Era a única menina no local em um grupo de meninos – continuou.
A família descobriu o ocorrido por meio da mãe de uma colega. Antes disso, a adolescente ficou dois dias sem dar notícias. A família notificou a polícia sobre o desaparecimento.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável e captura de procurado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande.
O estupro contra crianças e adolescentes aumentou no Brasil em 2023, especialmente nas faixas etárias mais jovens. Os dados constam na pesquisa Panorama da Violência Letal e Sexual Contra Crianças e Adolescentes no Brasil, divulgada na última terça (13), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Conforme o estudo, os registros desse tipo de crime aumentaram 23,5% entre vítimas de 0 a 4 anos e 17,3% entre as de 5 a 9 anos. Entre as vítimas de 10 a 14 anos, o aumento foi de 11,4% em relação a 2022.