Dr. Afonso Antônio Gonçalves Filho analisa o caso da professora assassinada em Uruaçu, Goiás, e a condenação do culpado após um julgamento emotivo
O promotor de justiça, Dr. Afonso Antônio Gonçalves Filho, concedeu uma entrevista à rádio Uruaçu FM, no seu tradicional programa de nome “Espaço Cidadania”, destacando a relevância do julgamento do caso da Professora Elenice Pereira Salgado, cuja morte, ocorrida em Uruaçu, no norte de Goiás, foi marcada por sinais de facadas e golpes de barra de ferro. Esse evento foi de extrema importância para a sociedade, representando uma passagem trágica e dolorosa na qual uma mulher de condição econômica desfavorecida, negra, mas dotada de simplicidade e determinação como educadora, esteve envolvida.
O julgamento despertou intensas emoções, resultando em lágrimas entre os presentes, principalmente aqueles mais próximos da vítima. O crime foi perpetrado com extrema crueldade e frieza.
O ocorrido teve lugar em 2022, quando a professora tinha 43 anos. Seu corpo foi descoberto por um encanador contratado para um serviço na residência do namorado da vítima.
Elenice Pereira Salgado foi vítima de 20 facadas e teve o crânio golpeado com uma barra de ferro. O namorado da vítima já havia demonstrado agressividade em ocasiões anteriores.
Após um longo processo judicial, o réu envolvido no brutal assassinato da professora Elenice, identificado como José Edilson de Souza Alves, foi submetido a julgamento popular e condenado a 15 anos de prisão pelo feminicídio, crime triplamente qualificado.
Assista o vídeo na íntegra:
Relembre o Caso
A professora Elenice Pereira Salgado, de 43 anos, foi encontrada morta com sinais de facadas e golpes de barra de ferro, em Uruaçu, no norte de Goiás. O ex-namorado, que é o principal suspeito do crime, foi preso na segunda-feira (25/07/2022) pela Polícia Rodoviária Federal em uma rodovia do Piauí.
O delegado Peterson Amin contou que o homem fugiu da cidade. Não localizamos a defesa do suspeito, identificado como José Edilson de Souza Alves, para se manifestar até a última atualização desta reportagem.
Elenice Salgado trabalhava como professora na rede municipal de ensino. A polícia achou o corpo dela caído no chão da casa do ex-namorado.
Testemunhas contaram à polícia que a mulher e o ex-namorado discutiram um dia antes do crime, no domingo (24). Há dois meses, Elenice foi à Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam), mas não quis registrar ocorrência e pedir medida protetiva contra o homem.
A Polícia Civil apreendeu a faca e a barra de ferro utilizados no crime para passar por perícia.
Por: Edição e Texto, Charles Borges