As ex-companheiras da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018 no Rio de Janeiro, afirmaram que a motivação do crime precisa ser esclarecida após a prisão dos principais suspeitos. Ambas estavam bastante emocionadas nas declarações, especialmente ao serem perguntadas sobre a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, que era o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e suspeito de ter obstruído as investigações.
Na época, Barbosa foi a primeira autoridade a se encontrar com a família das vítimas, prometendo prioridade nas investigações.
– Ver presas as pessoas que, antes, nos abraçaram e prometeram uma solução, foi um tapa na cara, foi pisotear. É profundo e doloroso – disse Ágata, viúva de Anderson Gomes.
– Vamos ver como as coisas ainda vão se desdobrar agora. A dor não vai passar nunca É desesperador.
– O nome de Rivaldo Barbosa para nós foi uma grande surpresa, considerando que foi a primeira autoridade a receber a família no dia seguinte – disse Monica Benício, ex de Marielle.
– Mas também compreendíamos que faltou vontade política para ser elucidado – completou.
Sobre a motivação, Monica disse que “precisa ser melhor explicado”.
– Acredito que quando tivermos acesso a todos os documentos poderemos chegar a uma conclusão – declarou, Monica em entrevista coletiva à imprensa na saída da sede da Polícia Federal no Rio, neste domingo (24).
*Com informações AE