17 de outubro de 2024

Esperança: nova droga para Alzheimer consegue reduzir neurodegeneração

Time de cientistas descobriu um bloqueador de proteínas.

Por: Valdir Justino

Uma das áreas mais pesquisadas da ciência é o campo das doenças neurodegenerativas. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, é esperado que cada vez mais pessoas tenham demência no futuro — e, até agora, são poucos os tratamentos para as condições.

Cientistas anunciaram um avanço significativo no tratamento do Alzheimer, com uma nova droga que demonstrou reduzir a neurodegeneração em pacientes. O medicamento, que passou por ensaios clínicos avançados, mostrou resultados promissores ao desacelerar a progressão da doença, trazendo esperança para milhões de pessoas que convivem com o Alzheimer em todo o mundo.

De acordo com a revista Nature, a nova droga age diretamente sobre os depósitos de proteínas beta-amiloide no cérebro, que são responsáveis pela formação das placas tóxicas associadas ao Alzheimer. Esses depósitos causam danos às células cerebrais, resultando na perda de memória e outras funções cognitivas. Nos estudos, os pacientes que receberam o tratamento apresentaram uma redução significativa na velocidade da degeneração cerebral, o que pode traduzir-se em melhor qualidade de vida a longo prazo.

Conforme especialistas ouvidos pelo The New York Times, este é um dos primeiros tratamentos a ter um impacto direto na neurodegeneração, ao invés de apenas aliviar os sintomas. Isso representa um avanço crucial, já que até então, os tratamentos focavam mais em retardar os sintomas do Alzheimer, sem conseguir interromper o processo degenerativo do cérebro.

Pesquisadores alertam, no entanto, que ainda são necessários mais estudos para compreender os efeitos a longo prazo e garantir que o medicamento seja seguro para um uso mais amplo. Mesmo assim, o avanço já está sendo considerado um marco importante na luta contra o Alzheimer.

“Pela primeira vez, temos uma droga efetiva em inibir essas duas regiões. Esse mecanismo é significativo e pode, potencialmente, abrir caminho para tratamentos mais efetivos para doenças neurodegenerativas como o Alzheimer”, explica o neurocientista Amritpal Mudher, da University of Southampton, no Reino Unido, em entrevista ao site da universidade. O estudo foi publicado na última quinta (3/10), na revista científica Alzheimer’s & Dementia.

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