5 de novembro de 2024

Vacina contra o HPV: como funciona novo esquema de vacinação no SUS

Por: Valdir Justino

A vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) passará a ser feita em dose única no Sistema Único de Saúde (SUS). A mudança foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite de segunda-feira (1º/4) e tem como objetivo aumentar a adesão ao imunizante.

Pelo X (antigo Twitter), a titular da pasta também informou que o grupo etário elegível passou de 9 a 14 anos para 9 a 19. A vacina usada será a mesma, a quadrivalente, produzida pelo Instituto Butantan.

“afirmou a ministra no comunicado

Agora temos mais vacinas para proteger a nossa população contra os riscos causados por esse vírus. Usar apenas uma dose de vacina foi uma decisão baseada em estudos científicos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, afirmou a ministra no comunicado.

A decisão foi tomada após reuniões da Câmara Técnica com representantes das principais sociedades. Eles analisaram dados de estudos científicos sobre a eficácia da vacina, as recomendações da OMS e as taxas de vacinação no país.

O pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, destaca que a mudança simplifica a adesão da população, pois não será necessário voltar ao posto de saúde para tomar a segunda dose. A Austrália e os países do Reino Unido já usam esse modelo de vacinação.

“Os dados hoje são muito claros. Mostram que uma dose funciona tão bem quanto duas doses em menores de 20 anos de idade”, afirma.

Vacinação contra HPV

O HPV é o principal causador de câncer de colo de útero e também está associado a casos de câncer de vagina, pênis, ânus e orofaringe. Estima-se que 80% dos adultos sexualmente ativos tenham contato com o vírus ao longo da vida.

Atualmente, a imunização contra o HPV na rede pública é feita em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. A vacina quadrivalente, produzida pelo Instituto Butantan, oferece proteção contra quatro formas do vírus: 6, 11, 16 e 18.

Ela é oferecida para meninos e meninas com idades entre 9 a 14 anos, pessoas vivendo com HIV e vítimas de abuso sexual.

Por: Bethânia Nunes

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