De volta ao Sistema Penitenciário Federal (SPF) desde a última sexta-feira (5/4), os fugitivos Rogério da Silva Mendonça (foto em destaque) e Deibson Cabral Nascimento estão totalmente sem contato entre si e alocados em pavilhões diferentes, acomodados em celas reformadas da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Algumas instalações, como luminárias e saídas de ar, tiveram as estruturas reforçadas.
Os protagonistas da fuga histórica de uma penitenciária federal devem ficar em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) por ao menos 15 dias.
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Dessa forma, eles não terão contato com os demais internos, e o banho de sol será na própria cela. Fontes ouvidas pela coluna Na Mira informaram que Rogério e Deibson “não apresentaram alteração” em relação às novas regras e demonstram bom comportamento.
Além disso, a penitenciária de Mossoró está com poucos presos, o que facilita o monitoramento dos internos e aumenta a segurança na área, que ainda passa por obras.
“Pisão na cabeça”
Durante audiência de custódia na última sexta-feira (5/4), na Penitenciária Federal de Mossoró, Rogério e Deibson afirmaram que foram agredidos com “pisão na cabeça e chute nas costas” no decorrer da operação policial que resultou na recaptura dos fugitivos. A audiência foi acompanhada por representantes do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU).
A operação, coordenada pelas polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), ocorreu na tarde de quinta-feira (4/4), em Marabá, no Pará. Na ocasião, os criminosos estavam com munições e fuzis – os quais chegaram a ser apontados na direção de agentes da PF.
Classificados como “pistoleiros do Comando Vermelho”, Rogério e Deibson ostentam vasta ficha criminal, com registros de tráfico de drogas, homicídio, roubo, latrocínio – roubo seguido de morte – e assaltos.
Ambos participaram de rebelião sangrenta na penitenciária estadual do Acre, em julho de 2023. Durante a ação, cinco detentos foram executados, com requintes de crueldade, decapitações e esquartejamentos.
Por: Mirelle PinheiroCarlos Carone