O médico Wesley Noryuki Murakami foi condenado em um processo em que era acusado de deformar o rosto de uma paciente depois de fazer procedimentos estéticos com uso de PMMA (polimetilmetacrilato). A condenação foi feita pela Justiça do Distrito Federal, pela 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras.
Wesley vai cumprir 2 anos e três meses de reclusão em regime inicial aberto. A Justiça entendeu que ele aplicou quantidades excessivas de PMMA e em áreas inadequadas do rosto de uma das vítimas.
No total, quatro vítimas o processaram por lesão corporal grave, porém, o juiz André Silva Ribeiro declarou extinta a punibilidade do médico em três casos — um por prescrever; outro por desistência da vítima; e o último por falta de “elementos de prova”.
O caso que responsável pela condenação de Wesley é de setembro de 2015. A vítima pagou mais de R$ 8 mil por uma bioplastia no nariz. Após o procedimento, ela sofreu trombose venosa profunda, foi internada e teve a evolução do quadro para tromboembolismo pulmonar.
Condenação em Goiás
Wesley já havia sido condenado pela Justiça de Goiás por cor causar deformações em nove mulheres após realização de procedimentos estéticos.
Na denúncia, o Ministério Público de Goiás aponta os crimes tipificados nos artigos 282 (exercício ilegal da profissão) e 129, § 2º, inciso IV (deformidade permanente). Consta, ainda, que, a partir de 2016, o denunciado, em uma clínica no setor Oeste, em Goiânia, “ofendeu a integridade corporal e a saúde das seguintes vítimas.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do médico e o espaço permanece aberto. Por ambos os casos, ele responde em liberdade.