m entrevista ao EXTRA, o diretor médico do Hospital Adão Pereira Nunes, Moisés Souza Almeida, afirmou que a cirurgia da criança Estela de Oliveira Ferreira, de 3 anos, é “extremamente delicada”. A menina foi ferida por um tiro que, de acordo com o médico, “entrou pela parte temporal esquerda da cabeça e seguiu em diagonal até a área frontal direita”.
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— No momento, o objetivo mais urgente da equipe médica é estabilizar a paciente e mantê-la viva — disse ele.
Almeida destacou que, “embora o trajeto da bala tenha sido curto, a extensão dos danos foi significativa”. Ele explicou que, durante o percurso, o projétil se fragmentou, espalhando estilhaços de metal e osso, o que resultou em um edema cerebral. Essa condição foi a principal razão para a urgência na realização da cirurgia.
— A cirurgia é para fazer a descompressão do crânio, colocando um dreno para aliviar a pressão e estancar o sangramento — explicou.
O médico detalhou o procedimento, que será focado na limpeza da área afetada:
— A bala, ao atravessar o crânio, causou diversas lesões, incluindo danos térmicos devido à alta temperatura do projétil.
Almeida acrescentou que o tamanho do crânio da paciente agravou ainda mais o quadro, aumentando a extensão das lesões.
Estela foi levada à sala de cirurgia por volta das 11h da manhã desta sexta-feira. A operação terminou por volta das 15 horas. Segundo a direção da unidade, Estela segue entubada em estado gravíssimo.
O pai da menina chegou a relatar no hospital o que aconteceu. Ele conta que, por volta das 21h desta quinta, voltaram com a esposa e Estela de um culto próximo à casa da família, em Bela Vista, Belford Roxo, quando a criança começou a passar mal. Como menina a estava resfriada, o pai decidiu levá-la à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. Ao colocar a criança no colo e subir em uma moto, o rapaz ouviu disparos até perceber que a menina havia sido atingida.