A taxa de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiram, em valores médios, de 421,3% ao ano em março para 423,5% ao ano em abril, atingindo o maior patamar desde dezembro de 2023, quando o número chegou a 442,1% ao ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27/5) pelo Banco Central (BC).
Ainda de acordo com o BC, as concessões de novos empréstimos no rotativo também aumentaram no mês passado. Em abril, foram contratados R$ 30,5 bilhões nessa modalidade. O volume ficou acima da média de 2022, de R$ 28,38 bilhões por mês, e da observada em 2023, de R$ 30 bilhões ao mês.
O rotativo é a linha de crédito pré-aprovada no cartão. Ele é acionado por quem não paga o valor total da fatura na data do vencimento. Em caso de inadimplência, o banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma para quitar a dívida em condições mais vantajosas dentro de 30 dias.
Norma fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) determina que, desde 3 de janeiro deste ano, os juros de operações no rotativo e no parcelado não poderão superar 100% do valor original da dívida.
Queda da taxa média geral
De acordo com o BC, a taxa média de juros em operações com pessoas físicas e empresas recuou 0,1 ponto percentual em abril e 4,3 ponto percentual em doze meses, ao atingir 40,4% ao ano. Nas operações com empresas, a taxa média alcançou 21,3% ao ano, com alta de 0,4 ponto percentual no mês e redução de 2,2 ponto percentual em doze meses.
Nas operações de crédito com recursos livres às famílias, a taxa média de juros situou-se em 53% ao ano, com diminuição de 0,4 ponto percentual no mês e de 6,6 pontos percentuais em doze meses. O destaque da queda foi a redução de 8,7 pontos percentuais. na taxa média de cartão de crédito parcelado.
Expansão do crédito para veículos
No relatório, o BC destacou ainda as expansões dos estoques de financiamentos para aquisição de veículos (+1,6%), de cartão de crédito total (+0,9%) e de crédito consignado para trabalhadores do setor público (0,6%) e para beneficiários do INSS (0,7%).