24 de dezembro de 2024

Família de grávida que morreu após vacina será indenizada

Decisão é de juiz da 48ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

Por: Valdir Justino

A farmacêutica AstraZeneca foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar por danos morais, em R$ 1,1milhão, a família de uma gestante que morreu em decorrência da vacina contra Covid-19. A decisão foi assinada na última quinta-feira (5).

O juiz Mauro Nicolau Junior, da 48ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, ressaltou que a mulher foi a primeira grávida brasileira a morrer por causa do imunizante.

A gestante se chamava Thais Possati e foi vacinada no dia 5 de maio de 2021. O caso levou o governo federal a suspender a aplicação da vacina AstraZeneca em gestantes. O laboratório admitiu que não tinha testado a vacina em grávidas.

Possati tinha 35 anos e era promotora de Justiça do Ministério Público estadual. Ela tinha um filho de 3 anos e estava grávida de 23 semanas, quando recebeu o imunizante. No dia seguinte, ela desencadeou uma série de complicações que evoluíram para um quadro de AVC hemorrágico associado a trombose de seio venoso. Thais chegou a ser operada de emergência e o bebê que ela estava esperando morreu. Já Thais morreu no dia 10 de maio.

Ainda na decisão na última quinta-feira, o juiz apontou que “Thais faleceu e a causa da morte foi hipertensão intracraniana, AVC hemorrágico, trombocitopênica trombólica, gestação, de modo que as mortes dela e de seu filho podem ser atribuídas aos efeitos da vacina produzida pela ré”.

A AstraZeneca não comentou sobre a decisão judicial, mas, em nota, disse que a vacina demonstra ter “perfil de segurança favorável”. As informações são da Folha de S.Paulo.

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