Tentando se reorganizar após um rombo bilionário registrado em 2024, os Correios têm sido criticados por atrasos nas entregas de encomendas e falta de transparência nas informações de rastreamento das mercadorias por todo o Brasil. Procurada pela reportagem, a empresa estatal admitiu ter enfrentado, nos últimos dias, “desafios na malha operacional”, os quais atribuiu a “ajustes contratuais com fornecedores estratégicos”.
A estatal disse ter adotado “rapidamente” uma série de ações corretivas e contingenciais para garantir a regularização dos prazos e minimizar impactos nas entregas.
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A expectativa é de plena normalização dos fluxos operacionais a partir da próxima semana, assegurando o nível de serviço que a população espera da empresa”, disseram os Correios ao Metrópoles.
Para acelerar ainda mais esse processo, os Correios informaram que buscam ampliar sua capacidade de distribuição, com operações extras previstas nas principais localidades do país no próximo fim de semana (dias 24 e 25/5).
A empresa ainda destacou que as linhas de transporte que atendem aos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo já estão normalizadas.
Apesar de ter admitido essas falhas por questões contratuais, a empresa negou qualquer alteração nos procedimentos de postagem, sustentando que, para que a encomenda possa seguir no fluxo postal e ser devidamente rastreada, é indispensável a correta inclusão da etiqueta com o código de rastreamento no momento da postagem.
Queixas se acumulam
Pelas redes sociais, cidadãos anônimos, influencers e políticos têm relatado problemas com o envio e recebimento de pacotes. A crise em torno dos Correios têm sido explorada pela oposição ao governo Lula (PT), que fala, inclusive, na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar problemas na estatal.
Apesar do rombo e das queixas em torno da logística, a quebra de monopólio estatal ou a desestatização da empresa não estão em debate no governo federal.