Conta de luz mais cara: entenda alta de quase 20% em Goiás

Aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, reajuste tarifário para o estado passou a valer na última quarta-feira

Por: Valdir Justino

Texto: Felipe Cardoso

Publicada em 23 de outubro de 2025 às 12:10
 Imagem mostra boleto emitido pela Equatorial Energia (Foto: Reprodução)

No próximo vencimento da conta de luz, os consumidores vão sentir no bolso o peso do reajuste da tarifa de energia elétrica em Goiás. Aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e em vigor desde a última quarta-feira (22/10), o aumento médio da fatura será de 18,55%. Em entrevista ao portal Mais Goiás, o engenheiro eletricista Jovanilson Freitas explicou que o valor cobrado na conta de luz é composto por diferentes itens, que vão muito além do consumo.

“A nossa tarifa é formada por várias cobranças (geração, transmissão, distribuição e encargos setoriais). O consumidor paga tudo isso em uma única fatura. Dentro do contrato de concessão existe uma cláusula que garante o reajuste anual para recompor esses valores”, disse.

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Segundo ele, parte do reajuste está ligado à melhoria dos indicadores que medem a qualidade do fornecimento de energia em Goiás. “A Equatorial elevou os indicadores de duração e frequência das interrupções. Essa melhora permitiu que ela tivesse um ganho na tarifa cobrada pelo serviço”, explicou.

Freitas ressalta que o aumento é contratual e inevitável, mas o consumidor tem o direito de cobrar que a melhoria no serviço acompanhe o reajuste. “O que o consumidor pode questionar é se a qualidade da energia realmente melhorou. Em Goiânia, percebemos avanços, mas ainda há falhas no interior”, observou.

O que diz a Equatorial
A Equatorial Goiás, responsável pelo fornecimento de energia para cerca de 3,5 milhões de unidades consumidoras no estado, explicou que o reajuste faz parte do processo anual de recomposição de custos, previsto no contrato de concessão.

Aneel: cobrança poderia ser maior
De acordo com a Aneel, os principais fatores que pressionaram o reajuste foram os chamados custos não gerenciáveis, ou seja, despesas que não dependem diretamente da distribuidora. Entre eles estão: distribuição e transporte da energia; compra da eletricidade; encargos e tributos definidos por lei federal; além de variações nos custos do setor.

O reajuste, segundo a Equatorial, poderia ser ainda maior. A concessionária explica que a proposta inicial da agência nacional era de 22,04%, mas que por solicitação da empresa houve a aplicação de um redutor tarifário, o que resultou na taxa de 18,55%. Dos 246 municípios goianos, a Equatorial Goiás atende 237.

O Reajuste Tarifário Anual (RTA) é um mecanismo previsto nos contratos de concessão das distribuidoras de energia de todo o país. Ele é conduzido pela Aneel para manter as tarifas atualizadas conforme os custos do setor.

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