16 de setembro de 2024

Após suspender X, STF cria conta na rede concorrente, Bluesky

Corte afirmou que objetivo é combater a proliferação de perfis falsos do tribunal

Por: Valdir Justino

Texto: Thamirys Andrade

Após determinar a suspensão da rede social X, o Supremo Tribunal Federal (STF) criou um perfil oficial na plataforma concorrente Bluesky, nesta segunda-feira (2). Tal como a rede de Elon Musk, a Bluesky não possui representante legal, fator reivindicado pela Corte para a permanência do X no Brasil.

Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o STF afirma que abriu a conta por temer que perfis falsos do tribunal se proliferassem e disseminassem notícias falsas na rede. Dessa forma, decidiu reservar o domínio @stf.jus.br.

Antes da suspensão, o tribunal costumava usar o X para publicar decisões dos ministros. Foi por meio dela, inclusive, que o magistrado Alexandre de Moraes intimou Elon Musk a apresentar um representante legal em solo brasileiro no prazo de 24 horas para que a plataforma não fosse derrubada. O bilionário não apontou um novo nome, e a rede foi suspensa na última sexta (30).

 Desde que internautas começaram a migrar para o Bluesky, contas fake do STF apareceram na plataforma, até mesmo dos próprios ministros. A Suprema Corte pediu a remoção dos perfis e frisou que nenhum dos seus magistrados tem conta na Bluesky.

BLUESKY
No Brasil, a plataforma Bluesky tornou-se uma alternativa ao uso da rede social X. No entanto, o Bluesky também não tem representante legal no Brasil, de acordo com a Folha de S.Paulo. No Brasil, o Código Civil exige que empresas sediadas em outros países que desejam operar no Brasil devem estabelecer uma representação legal. CEO do Bluesky, Jay Graber disse ao Correio Braziliense que respeitará totalmente as leis brasileiras.

A suspensão do X ocorreu após reiteradas recusas de Elon Musk em cumprir ordens judiciais de Moraes que determinavam o bloqueio de contas de investigados. Para o bilionário, as medidas tratavam-se de censura e perseguição política. Ele decidiu fechar o escritório do X no Brasil após o magistrado ameaçar prender o representante da empresa caso suas ordens não fossem acatadas.

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