Coberta de sangue: idosa de 95 anos é acusada de matar colega de quarto em asilo

Mulher também foi acusada de porte ilegal de arma; vítima era sobrevivente do Holocausto

Por: Valdir Justino

Texto: Fabricio Moretti

Publicada em 19 de setembro de 2025 às 12:44
 Foto: Facebook

Uma idosa de 95 anos foi presa em Nova York após ser acusada de matar a colega de quarto em um asilo. O caso chocante ocorreu no Seagate Rehabilitation and Nursing Center, no Brooklyn, onde a vítima, Nina Kravtsov, de 89 anos, foi encontrada coberta de sangue e com cortes no rosto e na cabeça.

A suspeita, Galina Smirnova, de 95 anos, estava no banheiro usando um avental hospitalar sujo de sangue. Segundo a denúncia, ela lavava as mãos na pia e tinha manchas nas pernas quando os policiais chegaram. No local, uma cadeira de rodas quebrada foi encontrada, com peças ensanguentadas espalhadas pelo quarto e do lado de fora da janela.

Assine a newsletter do Diário Popular. É rápido, fácil e gratuito !

Formulário de Inscrição

Ao se inscrever em nossa newsletter você concorda com nossa política de privacidade.

Nina chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A causa da morte foi confirmada como traumatismo craniano provocado por objeto contundente.

De acordo com o jornal New York Post, Galina sofre de demência. Ela foi formalmente acusada de homicídio em segundo grau e porte ilegal de arma, mas se declarou inocente. O Ministério Público chegou a pedir uma avaliação de saúde mental, que foi negada pelo juiz. A idosa segue presa até a próxima audiência, marcada para esta sexta-feira (19).

O caso ganhou ainda mais repercussão porque a vítima era uma sobrevivente do Holocausto. Natural de uma pequena cidade da Ucrânia, Kravtsov sobreviveu à invasão nazista, viveu em um gueto e quase foi enviada a um campo de concentração. Anos depois, já nos Estados Unidos, trabalhou como enfermeira, criou a filha sozinha e, há cinco anos, após um derrame, foi internada no Seagate.

O advogado da família, Randy Zelin, criticou duramente o asilo. “Temos uma mulher que sobreviveu ao Holocausto, superou todas as adversidades e deveria ser protegida. Em vez disso, acaba com a cabeça esmagada a ponto de ficar irreconhecível”, disse.

Segundo ele, Galina havia chegado ao local apenas dois dias antes e foi colocada no mesmo quarto porque as duas falavam russo. Registros da unidade indicam que ninguém além da equipe médica entrou no quarto no intervalo entre 20h55 e 21h55, período em que o crime ocorreu.

A defesa pública de Smirnova ainda não se manifestou sobre o caso.

COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA:

Facebook
Twitter
LinkedIn

Leia Também: