A empresa Zion Produções, produtora responsável pelo episódio do Hino Nacional cantado em linguagem neutra que repercutiu negativamente na campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, em 2024, voltou a atuar na política e agora presta serviços ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a empresa já recebeu, em 2025, mais de R$ 1,2 milhão da sigla petista, distribuídos em quatro pagamentos — três em fevereiro e um em março — todos classificados como despesas com “eventos promocionais”.
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No pleito municipal do ano passado, a Zion havia sido contratada para realização de eventos da campanha de Boulos, com repasses que somaram R$ 450 mil. No entanto, após a polêmica em um ato no Campo Limpo, em São Paulo, a produtora foi desligada da equipe.
Na ocasião, uma cantora contratada alterou o trecho “dos filhos deste solo és mãe gentil”, do Hino Nacional, para “des filhes deste solo és mãe gentil”, o que gerou críticas não somente de adversários, mas até de aliados do deputado federal, que terminou a eleição municipal em segundo lugar.
Apesar da controvérsia, a Zion mantém longa relação com o PT e com o próprio presidente Lula (PT). Em 2022, por exemplo, a produtora foi responsável por eventos da campanha presidencial, como a superlive organizada pela primeira-dama Janja, que reuniu artistas pró-Lula e custou R$ 450 mil. A empresa também assinou a organização do Festival do Futuro, realizado no dia da posse de Lula.
Já no governo, a produtora ainda esteve à frente de iniciativas como o Festival Pororoca, no Central Park, em Nova Iorque, durante a Assembleia Geral da ONU, e um jantar temático de Lula e Janja em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, durante a COP28.