Homem é preso em Caldas Novas por se passar por agente da CIA com certificados falsificados

Diplomas falsificados incluíam títulos em física quântica, medicina, astrofísica, farmácia, psicologia e até credenciais da ONU

Por: Valdir Justino

Texto: Fabricio Moretti

Publicada em 30 de abril de 2025 às 12:18
Imagem: Reprodução

Um homem de 56 anos foi preso em Caldas Novas por se passar por agente da CIA e ostentar uma série de diplomas falsificados, incluindo títulos em física quântica, medicina, astrofísica, farmácia, psicologia e até credenciais da ONU. Identificado como Roberto Cohen – ou Zigmund Cohen, nome que usava ao alegar ter nacionalidade israelense – ele utilizava os documentos para aplicar golpes e vender cursos falsos.

Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito guardava em casa uma grande quantidade de certificados forjados, com emblemas de universidades brasileiras e estrangeiras. Alguns dos documentos simulavam até títulos de PhD. Durante a operação, os agentes encontraram ainda crachás, identidades funcionais e carteiras com símbolos de autarquias federais, embaixadas, agências internacionais, entidades religiosas e outros órgãos.

Assine a newsletter do Diário Popular. É rápido, fácil e gratuito !

Formulário de Inscrição

Ao se inscrever em nossa newsletter você concorda com nossa política de privacidade.

Entre os itens apreendidos, estavam diplomas com os brasões da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) e menções a cursos de contraterrorismo e inteligência internacional. Também foram localizados passaporte diplomático, documentos em português, inglês e hebraico, além de cartões de visita que citavam escritórios em Washington DC e Nova Iorque.

Roberto foi autuado por falsificação de documentos públicos e privados, além do uso indevido de marcas e símbolos da Administração Pública. Ele foi encaminhado ao presídio da cidade.

As investigações continuam sob sigilo para apurar se outras pessoas estão envolvidas e se o suspeito aplicou golpes usando a falsa identidade. A polícia também investiga possível prática de estelionato e exercício ilegal da medicina.

De acordo com as autoridades, o homem se apresentava como especialista em segurança internacional e ciência de ponta, com discursos técnicos e postura de autoridade, o que ajudava a enganar vítimas. A pena para os crimes investigados pode ultrapassar 10 anos de prisão.

A Polícia Civil reforça o alerta para que a população desconfie de indivíduos que se apresentam com títulos impressionantes sem comprovação formal. O uso de símbolos oficiais falsificados é considerado um grave ataque à fé pública.

COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA:

Facebook
Twitter
LinkedIn