Durante a campanha eleitoral de 2022, o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou Jair Bolsonaro (PL) por utilizar o direito de colocar algumas informações sob sigilo.
Lula chegou a usar a derrubada dos sigilos de Bolsonaro como promessa de campanha e foi um de seus primeiros atos na Presidência.
– Qualquer pessoa podia saber o que acontecia no nosso governo. Agora, o Bolsonaro, não. O Bolsonaro dizia que não tem corrupção, mas decreta sigilo de 100 anos para qualquer denúncia contra ele. Decreta sigilo de 100 anos para o filho, para os amigos, para o Pazuello. Nada dele é investigado. Toma aqui 100 anos, para quando ele não existir mais – disse Lula em junho de 2022.
Agora, como presidente do país, o petista já usou este direito 1.339, colocando informações diversas sob sigilo de 100 anos.
Entre as informações que são sigilosas está a agenda da primeira-dama, Janja da Silva, além de assuntos como as comunicações diplomáticas sobre o ex-jogador Robinho, condenado na Itália por estupro. A lista dos militares do Batalhão de Guarda Presidencial que estavam de plantão no dia 8 de janeiro de 2023 também estão protegidas por sigilo.
Somente em seu primeiro ano do terceiro mandato, Lula fez sete pedidos de sigilo a mais que seu antecessor. Questionada, a Controladoria-Geral da União (CGU) defendeu que o recurso deve ser adotado em alguns casos e disse que a gestão passada “utilizava o sigilo centenário indevidamente”.
Por: Leiliane Lopes